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JAPÃO - KYOTO - HEIAN JINGU


Purificar as mãos e a alma, lançar uma moeda, bater palmas para chamar os Deuses e orar em recolhimento, abrir uma gabeta e tirar um papelinho da sorte, deixar um pedido numa plaquinha de madeira virado para o altar e trazer uma garrafinha de saquê sagrado.

Até podemos sair com menos moedas do que entrámos, mas vimos com certeza mais ricos.




JAPÃO - KYOTO - ALMOÇO TIPICO


Dizia o programa que hoje é almoço em restaurante típico local.

Entrámos, subimos a escada, descalçámos os sapatinhos, arrumámos num cacifo e agora já podemos pisar o chão de tatami da sala de refeições.
Mesa posta, ambiente musical a condizer, sala muito clara, só falta mesmo saber manobrar os pauzinhos.
JAPÃO - Kyoto
No restaurante estava tudo a rigor à nossa espera.

A sala é muito clara, o ambiente musical estava criado, a mesa estava posta e já com alguma comida disponível.
Havia tempura de legumes e de peixe que os portugueses, por onde quer que passam, deixam marca e aqui, no Japão, a pegada gastronómica que deixámos foi importante.
A incógnita era: O que estará dentro da caixinha? Para que é que iriam ser usadas as velas das lamparinas?
Sentemo-nos no banquinho corrido baixinho que acompanha a mesa e, para já, demos graças a Deus por não termos que comer de joelho no chão sentados sobre os calcanhares.

JAPÃO - Kyoto
Abre-se a caixinha e... Sushi! Finalmente Sushi e Sashimi!

À quarta refeição e depois de tanto templo já visitado a cultura chega também à culinária.
Não vale a pena clamar por pão nem por bacalhau. O que temos na nossa frente é Sushi e de autêntico.
A questão não está no pão nem no bacalhau, está em como é que isto se come com dois pauzinhos. Se ao menos tivessem um elástico para ajudar...
Vale sempre a pena pedir um garfo, nem que mais não seja, para comprovar que sushi não foi feito para ser comido com garfo e, já agora, para ver o ar de desilusão estampado no rosto dos sempre sorridentes japoneses.
JAPÃO - Kyoto

Estamos a visitar: JAPÃO FASCINANTE 


JAPÃO - KYOTO - CASTELO DE NIJO - JARDIM DAS TARTARUGAS


Se uma pomba que é símbolo da paz vive mais de dez anos, uma tartaruga vive durante mais de cem anos. Assim se explica a admiração que o povo japonês nutre pelas tartarugas desde há já vários séculos.

JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Neste Lago das Tartarugas, cada pedra representa uma.

JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo

JAPÃO - KYOTO - CASTELO NIJO - LÁ DENTRO

Para entrar no castelo é preciso descalçar primeiro.

JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
O chão de tatami é confortável e os pés descalços permitem um silêncio que só se interrompe pelas explicações dos guias e pelo chilrear de pássaros.
JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Mas afinal não era canto de pássaros o que se ouvia, era o som de uma estrutura de peças de metal em contaco umas com as outras por baixo dos nossos pés e accionadas pelo nosso andar, que simulavam o chilrear de pássaros. Uma engenhosa forma de protecção do Imperador para estar avisado da chegada de inimigos. 

JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Como já é hábito, os sítios mais interessantes são aqueles onde não se pode filmar nem fotografar. Acontece o mesmo no interior deste palácio. O que nos safa são as imagens que jár circulam inline.

Logo aqui, onde cada sala conta os diferentes aspectos da vida faustosa, atormentada, bem guardada e silenciada dos Imperadores que aqui viveram e que não governaram.

JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
A mais importante é aquela onde o último Xogun devolveu o poder ao Imperador, dois séculos após a instalação do regime de xogunato.

A não perder quando o interesse é ficar a saber mais da história deste país. 
JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo



JAPÃO - KYOTO - CASTELO NIJO - PORTA DE ENTRADA

Um castelo decorado como se fosse uma caixinha de música.


JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Perde-se a gente em fotografias e vídeos a olhar para o ar e ainda nem sequer entrou no castelo.
Até a gente se sente nobre quando entra pelas mesmas e tão belas portas por onde entrou tanta vez o Imperador.

JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Por mais vezes que se olhe para a porta de entrada do recinto deste castelo, vai encontrar-se sempre mais um pormenor que não se resiste a fotografar. 
JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Agora do lado de dentro daquela porta que, por si só, já é um verdadeiro monumento, dirigimo-nos para o castelo que foi residência de Imperadores e hoje relembra como foi que o poder no Japão esteve entregue a chefes militares durante dois séculos e qual o papel do Imperador durante esse período. 
JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo
Com uma porta tão fantástica qualquer um se pode perder com fotografias.
Houve até quem se tenha esquecido de entrar no castelo!

Não aconteceu comigo, mas aconteceu! 
JAPÃO - Kyoto - Castelo Nijo

JAPÃO - KYOTO - CASTELO NIJO

Ali por voltas do século XVI vivia o mundo convencido que, lá no Japão, quem governava era o Imperador. 
Até que um dia chegou lá o tal povo de descobridores, aqueles que passaram ainda além da Taprobana, e que revelaram a verdade ao mundo.
O Imperador afinal era figura decorativa de um regime governado por um chefe militar com o título de Shogun. 
A regra de governação era simples; shogun mandava e Imperador obedecia e, em troca, desfrutava de uma vida amedrontada mas faustosa.
Foi assim até ao século XVIII, altura em que o shogunato perdeu força, o shogun decidiu devolver o poder ao Imperador e o Japão voltou a ser o Império Nipónico que os portugueses julgavam ir encontrar dois séculos antes.
Nijô é castelo de visita obrigatória por ter sido o lugar de devolução do poder ao Imperador.
Lá dentro, toda a história deste cerimonial é contada ao pormenor à medida que se progride em cada sala e em cada corredor mas... no photos, no video... o costume!

JAPÃO - KYOTO - RYOAN-JI - KARESANSUI - JARDIM ZEN

Finalmente chegamos ao jardim zen.
Cada vez que no japão se referem a uma paisagem deste tipo chamam-lhe Karesansui que significa paisagem seca.

Se quisermos descrever, podemos dizer que se trata de grandes pedras arranjadas entre pequenas pedras polidas e dispostas de forma a facilitar a meditação.
JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji - Jardim zen

Um rectângulo de 10 por 25 metros onde estão dispostas 15 pedras em cinco grupos, um grupo de 5 pedras, dois grupos de 3 e dois grupos de 2 pedras.
As pedras são rodeadas de cascalho que os monges limpam todos os dias e ajeitam em ondas como se de um lago se tratasse. A única vegetação que existe é algum musgo nas pedras.

Eis os números e a maneira de que é feito um jardim zen.
JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji - Jardim zen

Das 15 pedras grandes que compõem este jardim, apenas 14 são visíveis.É assim na vida, há sempre algo para além daquilo que os nossos olhos vêm e é assim connosco, ninguém vê tudo de nós próprios. Cada pessoa que nos conhece, conhece apenas uma parte do que somos
A cada jardim zen está sempre associada uma explicação filosófica e estas são algumas das explicações do Karesansui do Templo de Ryoan-ji.


JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji - Jardim zen
Vale a pena visitar Ryoan-ji com tempo.
Escolha um cantinho só para si,aproveite o à vontade de estar descalço, sente-se no chão, disfrute da vegetação luxuriante e comprove que o ambiente é mesmo zen.

JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji - Jardim zen

Terminamos a visita do templo com a única prespectiva do jardim zen da qual se conseguem ver todas as pedras, de cima. Mais uma vez, como na vida


Fica-nos mais uma experiência de vida. um jardim não tem que ter sempre plantas para ser jardim e um jardim zen não é um amontoado de pedras, é uma disposição que convida ao pensamento e à meditação.

Viajar é realmente a única coisa pela qual a gente dá dinheiro e fica mais rico.

JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji - Jardim zen

JAPÃO - KYOTO - RYOAN-JI - TEMPLO

 A quem visita o Japão há um conselho que é imprescindível, levar calçado fácil de descalçar.
Neste templo como em muitos outros, o chão é de tatami e não pode ser pisado por sapatos.

Este tipo de pavimento é muito popular aqui no Japão e existe em templos, nalguns restaurantes e casas particulares. Consoante o ambiente seja mais ou menos formal, pode estar desaconselhado o pé completamente descalço, por isso, para além de calçado fácil de descalçar, tenha à mão um par de meias.

JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji

À semelhança de todos os outros templos que já temos vindo a visitar, também este templo budista do Sec. XII foi sofrendo ao longo dos séculos com as guerras e os incêndios e está agora reconstruido, mostrando as relíquias que ficaram do templo original.
JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji

Às vezes há coisas que a gente fotografa que, se não forem explicadas não se percebem. É o caso desta taça.

O primeiro templo zen foi construído neste local no Sec. XI e dispunha de uma sala de chá. Esta era a taça onde se lavavam as mãos antes de entrar na sala de chá.
JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji

JAPÃO - KYOTO - RYOAN-JI - JARDIM DE ÁGUA



Templo dedicado ao Dragão e à paz.

JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji
O portão de entrada dá acesso a um caminho tosco com vegetação luxuriante e recantos zen mas, diz a guia, que o jardim zen é mais à frente. Muito bem, vamos andando.


JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji
Vai a gente pelo caminho fora com atenção à vegetação, com atenção às estátuas em pedra, com atenção ao caminho que não é sempre regular e, de repente, abre-se uma clareira para um espelho de água polvilhado de nenúfares.
Ainda não é este o jardim zen, este é KYOYOCHI um lago mandado construir no Sec. XII com o propósito de ser um jardim de água. Propósito verdadeiramente conseguido.

JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji

JAPÃO - KYOTO - RYOAN-JI - PORTA DE SANMON

Antes de entrarmos é importante que se saiba que vamos visitar um templo budista conhecido essencialmente pelo seu jardim zen.
JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji

Pormenor do portão SANMON, a porta de entrada para mais um templo zen que é mais conhecido pelo seu jardim organizado pelo mesmo conceito.



JAPÃO - Kyoto - Ryoan-ji

Estamos a visitar: JAPÃO FASCINANTE 

JAPÃO - KYOTO - RYOAN-JI


Um templo budista que é muito visitado pelo seu jardim zen.
A imaginação começa logo a trabalhar. O que será um jardim zen?!

Imaginamos um caminho que atravessa um túnel de vegetação e há, mas não é isso que é um jardim zen.

Pensamos num lago com nenúfares, também há, mas também não é.




JAPÃO - KYOTO - ROKUON-JI - PAVILHÃO DOURADO


Ainda dentro do parque zen do Pavilhão Dourado.
Primeira regra antes de entrar num templo busdista, receber os fumos dos bons espíritos.


JAPÃO - Kyoto - Rokuon-ji


Depois de ter recebido os fumos dos bons espiritos é preciso chamar os budas fazendo tocar o gongo na entrada do templo.
Boa sorte.
JAPÃO - Kyoto - Rokuon-ji



Recebidos os fumos dos bons espiritos, chamados os budas, agora sim, pode
mos chegar ao altar do templo.
Não é demais dizer que o recato aqui não é imposto nem exagerado, é o respeito natural de uma cultura que já de si é recatada.

JAPÃO - Kyoto - Rokuon-ji



Estamos a visitar: JAPÃO FASCINANTE