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QUEM NUNCA?

Tínhamos saído para jantar no restaurante do hotel, pegámos no cartão que abre a porta e saímos.
Já não sei bem explicar porquê, mas fomos as primeiras a subir ao quarto depois de jantar.
Aproximamos o cartão da porta... e nada.
Fizemos mais algumas tentativas... e nada.
Então lembrámo-nos que alguns colegas de grupo não conseguiriam abrir a porta do quarto à primeira por má codificação dos cartões e pensámos: só pode ser isso.
Descemos à recepção, explicámos à menina que o cartão se tinha descodificado, demos o número do quarto, ela codificou a chave e subimos.
O quarto abriu à primeira.
Íamos para entrar quando a da frente se vira para trás com um ar aflito e diz:
- Estas malas não são as nossas.
Primeira coisa a fazer: fechar rapidamente o quarto antes que chegue o verdadeiro dono das malas.
Segundo procedimento: fugir dali para um canto escondido até conseguir controlar um ataque de riso até às lágrimas e outras pinguinhas.
Quando conseguimos acalmar e recuperar a respiração e o discernimento rapidamente concluímos que afinal não sabíamos o número do nosso quarto e, como o envelope onde esse número estava escrito, estava dentro do quarto que nós não sabíamos qual era, só havia uma coisa a fazer: encher de coragem, descer à recepção, admitir que afinal não sabemos o número do quarto, pedir à menina que verifique na sua lista e que volte a codificar o cartão.
Moral da história: sempre que se sai do quarto do hotel deve-se verificar primeiro se, para além da chave, também se leva o envelope que tem o respectivo número do quarto.
Pomos este ensinamento em prática até ao dia de hoje e, uma história que só era do conhecimento de alguns, passou a ser pública a partir de agora.



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