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AVEIRO - PONTE DE CARCAVELOS

Passa-se por baixo no passeio de moliceiro mas merece ser vista de vários ângulos e, por isso, faz parte das recomendações do também muito recomendado passeio a pé pelo Bairro da Beira Mar.

Ponte de Carcavelos - Aveiro - PORTUGAL

O conselho é parar uns minutos a observá-la desde o tabuleiro da Ponte dos Botirões. O reflexo da ponte na água do canal, o vai e vem dos moliceiros a passar-lhe por baixo... e, de repente, já passaram os tais minutos.

Ponte de Carcavelos - Aveiro - PORTUGAL

Mas também vale a pena caminhar ao longo do canal e subir à ponte. Ah, e se entretanto algum Mestre de moliceiro fizer um comentário ou um cumprimento, é para sorrir e responder. É só porque são simpáticos e bem dispostos.

Ponte de Carcavelos - Aveiro - PORTUGAL

Aproveitando que chegámos à ponte, paramos mais um bocadinho e aprendemos.
A primeira a ser construída neste sítio foi em 1942 e era em madeira. Não durou muito tempo. Ruiu por excesso de peso num dia da festa de Nossa Senhora das Febres.
Foi reconstruída em 1953 e ali continua até ao dia de hoje.
No centro do arco está representado o brasão da cidade reconhecido pela ave que é um milhafre.
Ponte de Carcavelos - Aveiro - PORTUGAL

Diz-se que em tempos, nos tempos em que os namorados roubavam beijinhos às namoradas, eles se escondiam atrás do brasão para trocar alguns que, às escondidas, eram consentidos. Por isto, ainda hoje, há quem se refira à ponte como "dos namorados".
Ponte de Carcavelos - Aveiro - PORTUGAL
Mas o nome é outro. Ponte de Carcavelos, graças a uma salina ali perto com o mesmo nome.
Deixamos a ponte e vamos pegar no carro para nos dirigirmos à Universidade de Aveiro.



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AVEIRO - O BAIRRO MAIS ANTIGO É O DA BEIRA MAR

Não é à beira mar, nem o seu primeiro nome foi esse. Inicialmente chamou-se "Vila Nova" por estar fora das muralhas medievais. Hoje em dia, não só não está fora como é centro nevrálgico de comércio e turistas.

Bairro da Beira Mar - Aveiro - PORTUGAL

Ruas estreitas, casas pequenas  forradas a azulejo, casas senhoriais em estilo Arte Nova, o estatuto do bairro mais antigo da cidade e, tal como antigamente, é ainda o bairro dos pescadores, dos marnotos e das salineiras que veneram e  celebram o seu "menino", São Gonçalinho, São Gonçalo de Amarante.

Bairro da Beira Mar - Aveiro - PORTUGAL

Dos grandes armazéns de sal virados ao Canal de São Roque, alguns, poucos, ainda trabalham. Os restantes foram recuperados para negócio e casas de habitação. Os materiais são modernos, o interior das casas também mas, por fora, toda a traça tem que se manter igual à dos antigos armazéns.

Bairro da Beira Mar - Aveiro - PORTUGAL

Para ver tudo com o tempo e a atenção que este bairro merece, o que recomendo é um passeio a pé. Desde o Canal Central até à Ponte de Carcavelos, passando pelo Mercado do Peixe e pela Capela de São Gonçalinho, tudo é Bairro da Beira Mar.
Nós escolhemos a hora da digestão do almoço. Os almoços aqui são fartos, a luz do dia estava boa e o resto foram fotos.

Bairro da Beira Mar - Aveiro - PORTUGAL


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AVEIRO - PORQUÊ CANAL DE SÃO ROQUE?

 É o canal que separa a cidade da Ria. 
Começa no Canal das Pirâmides, passa por baixo da Ponte de São João (ponte rodoviária), dos Botirões (ponte pedonal), Bairro da Beira Mar de um lado, A25 do outro e lá vai seguindo até à Ponte de Carcavelos e depois para Norte até para lá da cidade.
Esta sua localização tão adequada para o transporte do sal desde o Canal das Pirâmides até aos armazéns e o facto de ser navegável e retilíneo até aos limites da cidade, encorajaram a criação de um ramal ferroviário em 1913 que ligou, até 1960, o extremo do Canal de São Roque à linha do Norte. 
Curioso, não é? Mas escusam de procurar porque já não há qualquer vestigio do "Ramal do Canal de São Roque".
Mas afinal, porquê São Roque?
Então cá vai:
Como a cidade foi muito fustigada pela peste, levando a que cerca de dois terços da população tivesse morrido ou fugido, as pessoas acabaram por adoptar o nome deste santo francês associado à cura da peste para este canal, que chegou a ser um espaço de construção naval importante na época dos Descobrimentos


Canal de São Roque - Aveiro - PORTUGAL


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AVEIRO - PONTE DOS BOTIRÕES

Não passa despercebida pela sua forma, pela modernidade do desenho, pela originalidade da concepção e, mesmo assim, por combinar tão bem com a envolvência que é o bairro mais antigo da cidade.

Ponte dos Botirões - Aveiro - PORTUGAL

Está no ponto de confluência de dois canais perpendiculares, o Canal de São Roque e o dos botirões e o tabuleiro em madeira é de forma circular e acessível a bicicletas e pessoas com mobilidade reduzida.

Ponte dos Botirões - Aveiro - PORTUGAL

A estrutura metálica que se ergue do tabuleiro e que é a sua imagem de marca tem várias interpretações. Os mais conhecedores reconhecem na estrutura a forma do botirão, uma arte muito usada na Ria para a pesca da enguia e corroboram com o nome pelo qual foi batizada, Ponte dos Botirões. Os mais práticos olham a estrutura, parece-lhes um laço, chamam-lhe e conhecem-na como Ponte do Laço. Os mais próximos da poesia encontram no laço semelhança com o simbolo do infinito e entendem a ponte como o elo de passagem da antiguidade, o Bairro da Beira Mar, até um futuro que seja infinito.

Ponte dos Botirões - Aveiro - PORTUGAL


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AVEIRO - EMBARCAÇÕES DA RIA

O moliceiro é a mais conhecida das embarcações dos canais urbanos e ria de Aveiro.
O nome vem de moliço e moliço é uma espécie de alga abundante na ria e que era usada como fertilizante para os terrenos agrícolas. 
É um barco de borda baixa para facilitar o carregamento e com proa e ré elegantes decoradas com pinturas de quadros jocosos. Observar as pinturas dos moliceiros é também uma actividade turística a levar em consideração.
No passado moviam-se à vela, à vara, ou à sirga.
A sirga é um cabo que se utilizava na navegação em canais estreitos, ou contra a corrente.
Os fertilizantes químicos e a dureza do trabalho vieram pôr fim à actividade da recolha do moliço. Os barcos passaram a ser movidos a motor e a transportar turistas em vez de moliço.

Embarcações da Ria - Aveiro - PORTUGAL

Maior que o moliceiro é o mercantel ou saleiro. 
Só pelo nome já se adivinha que transportava sal e mercadorias. 
Era capaz de transportar até 12 toneladas de sal, gado, mercadorias e, tal como o moliceiro, navegou à vela, à vara e à sirga, mas agora navega a motor e transporta turistas.

Embarcações da Ria - Aveiro - PORTUGAL





AVEIRO - ARTE NOVA - ART NOUVEAU

Arte Nova é um estilo arquitetónico usado entre 1890 e 1920 que se caracteriza essencialmente por linhas curvas e motivos esculturais relacionados com a natureza, flores, folhas, animais...
Aqui em Aveiro, nas fachadas dos prédios Arte Nova, acrescenta-se ainda uma arte muito portuguesa, o azulejo.

Arte Nova - Aveiro - PORTUGAL

Mas, para que um edifício possa mesmo ser considerado de estilo Arte Nova, tem obrigatoriamente de cumprir três requisitos: pedra trabalhada à mão; ferro trabalhado à mão e azulejo pintado à mão.

Museu de Arte Nova - Aveiro - PORTUGAL




Já são 28 os edifícios que cumprem estes três requisitos e há até uma rota da Arte Nova disponibilizada aos turistas que se interessam pelo tema.
É conhecer a cidade de uma outra perspectiva.


Cooperativa Agrícola - Aveiro - PORTUGAL









AVEIRO - ESCADARIA I LOVE AVEIRO

Era uma vez uma escadaria normal, em pedra normal de calçada portuguesa, que vivia uma vidinha útil e banal, quase escondida atrás de um grande hotel, até que foi entregue a um projeto de expressão artística para jovens e o resultado é o que está à vista.
I love Aveiro é o que todos sentirmos depois de lá ter estado. E todos somos tantos e, de tal forma nos identificamos com a mensagem, que a escadaria passou a ponto turístico de visita obrigatória e um paraíso para selfies.

Escadaria I love Aveiro - Aveiro - PORTUGAL