JAPÃO - Kyoto - Festival Aoi |
Experiências, memórias e até advertências de duas viajantes que correm mundo de braços abertos e como quem foge de casa.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - MERYO TSUKAI
Nem só as oferendas são vigiadas de perto, também os Cavalos Sagrados são seguidos do Oficial Chefe dos Equídeos. Este Senhor que tem a missão de zelar pelo bom desempenho dos equídeos que foram escolhidos para serem sagrados neste desfile, segue-os de perto e com muita atenção.
JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - O-UMA
Enfeitados, para que se distingam bem dos restantes, aparecem os Cavalos Sagrados, que são conduzidos à mão em todo o percurso da parada, para mais tarde serem montados e postos à prova em competição, para deleite das Divindades.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - KURARYO NO SHISHO
As oferendas aos Deuses são escolhidas, acomodadas e cuidadosamente transportadas sob o olhar atento do Responsável do Ritual de Oferendas.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - KEBIISHI NO SAKAN
Em segundo lugar e a seguir aos cavaleiros Norijiri vem o Chefe de Polícia.
O Chefe de Polícia era a quarta figura do estado na era Heian, a era em que este desfile procissão saiu à rua pela primeira vez.
O Chefe de Polícia era a quarta figura do estado na era Heian, a era em que este desfile procissão saiu à rua pela primeira vez.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - GOHEIBITSU
Devagar, com passos curtos, em silêncio e com um ar absolutamente compenetrado na tarefa que estão a desempenhar, vão chegando e passando os primeiros marchantes deste festival.
JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - YAMASHIRO NO TSUKAI
O governo da província de Yamashiro envia também o seu Delegado para se fazer representar neste desfile a que chamam festival.
Este Senhor é também quem administra o Santuário de Kamo que recebe a visita desta parada de figuras ilustres.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - KEBIISHI NO JO
Já passaram os cavaleiros, o Chefe de Polícia e agora vem o representante do Chefe Judicial.
O Chefe Judicial era a terceira figura mais importante do Estado no período Heian.
O Chefe Judicial era a terceira figura mais importante do Estado no período Heian.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - NORIJIRI
Trata-se aqui de evocar aquele período da história do Japão em que todos se uniram, a pedido do Imperador, para agradar aos Deuses e serenar a força da natureza.
A cavalo vêm os que representam os mensageiros enviados aos templos para transmitir a vontade Imperial.
A cavalo vêm os que representam os mensageiros enviados aos templos para transmitir a vontade Imperial.
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As primeiras figuras do desfile são os cavaleiros Norijiri.
Estes cavaleiros antes de tomarem parte do desfile, competem numa corrida que tem lugar aqui na cidade no início do mês de Maio.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - O ANTES, O DURANTE E O DEPOIS
Estamos na alameda principal do Palácio Imperial de Kyoto para assistirmos ao Festival de Aoi.
Assim, de repente e para começar, sai um conselho para o momento de fazer a mala. Se vai ao Japão e tem previsto assistir a um festival, então leve chapéu.JAPÃO - Kyoto - Festival Aoi |
Quando por cá se fala em festival, nós sabemos do que estamos a falar mas no Japão...
Uma alameda larga, umas quatro a cinco filas de cadeiras numeradas maioritariamente ocupadas por turistas, atrás deles em pé os habitantes locais e achamos que já vamos percebendo o que se vai passar.
Lá ao fundo já se vão preparando os marchantes e os animais. À frente deles todos vêm estes senhores a dar abertura ao cerimonial.
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Acordámos cedo como de costume, viemos até à alameda principal do Palácio Imperial de Kyoto, procurámos o número da nossa cadeira e sentámos para ver o Festival Aoi.
Já lhes dissemos que é boa ideia levar chapéu. E também é bom dizer que, se forem até lá, para assistir a este desfile, tem que ser dia 15 de Maio.
Já agora, se quer tirar boas fotos, tente reservar uma cadeira na primeira fila. As cadeiras estão todas ao mesmo nível e, se não costuma ter muita sorte nestas coisas, pode ser que só consiga ver o cucuruto dos andores. É que estamos num país onde as pessoas são ordeiras e não se levantam para tirar a melhor foto porque ficam na frente dos restantes, mas os turistas...
Caso contrário, pode levantar-se, sair para trás da zona de cadeiras, usar um bom zoom e vai conseguir mas, nesse caso, não vale a pena pagar a cadeira, claro!
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Para além dos ramos de malva-rosa na cabeça, dos homens a cavalo, das suas vestes coloridas, dos arranjos florais que enfeitam os andores, do empenho e seriedade com que todos participam neste desfile procissão, o que os turistas ocidentais talvez mais estranhem, é que tudo isto se passa em silêncio, em profundo silêncio.
Nem uma banda a tocar, nem um violino, nem uma arpa, nem uma instalação sonora, nem um toque de gongo! Nada!
São mais de 600 marchantes de todas as idades sempre em silêncio.
Nem uma banda a tocar, nem um violino, nem uma arpa, nem uma instalação sonora, nem um toque de gongo! Nada!
São mais de 600 marchantes de todas as idades sempre em silêncio.
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Flores, muitas flores. Estamos em Maio, a época delas.
Chamemos-lhe nós Aoi, gerânios, ou sardinheiras, o importante é que cumprem a sua missão, acalmar os Deuses e as forças da natureza.
Chamemos-lhe nós Aoi, gerânios, ou sardinheiras, o importante é que cumprem a sua missão, acalmar os Deuses e as forças da natureza.
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Mas não muitas, que tudo foi em silêncio e sente-se a gente pouco à vontade para grandes entusiasmos.
Quanto tempo tudo isto levou a montar não sabemos mas o desmontar começou na primeira cadeira logo que os últimos marchantes ali passaram.
Não perdemos tempo, não demorámos quase nada e, quando chegámos ao início da alameda já as cadeiras estavam desmontadas e empilhadas.
A trabalhar assim, até pode ser feito um festival todos os dias.
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Os sereníssimos marchantes e os sereníssimos espectadores voltam serenamente às suas vidas no seu traje tradicional, o quimono. Hoje foi dia de festa. Serena, silenciosa, mas cheia de significado.
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JAPÃO - KYOTO - FESTIVAL AOI - HISTÓRIA
Entre os anos de 539 e 571 sofreu o Japão uma série de intempéries e catástrofes naturais que destruíram as culturas de grãos, sobretudo de arroz, que é alimento base da alimentação aqui para estes lados.
Convencido que era castigo divino, o Imperador mandou os seus mensageiros aos templos a pedir orações e actos de devoção para acalmar a fúria divina e rezar por colheitas abundantes.
As provas de devoão tinham que ser muitas e difíceis como, por exemplo, montar um cavalo já a galope
Convencido que era castigo divino, o Imperador mandou os seus mensageiros aos templos a pedir orações e actos de devoção para acalmar a fúria divina e rezar por colheitas abundantes.
As provas de devoão tinham que ser muitas e difíceis como, por exemplo, montar um cavalo já a galope
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Os tempos andavam ruins, as intempéries eram muitas e as colheitas perdiam-se todas. Os Deuses andavam zangados dizia o Imperador e mandou que os seus mensageiros se dirigissem aos templos e que pedissem orações e actos de bravura que agradassem aos Deuses.
Hoje já não se montam cavalos já em passo de galope, mas os cavalos continuam a estar presentes neste desfile evocativo das homenagens que o povo fez aos seus Deuses por um tempo e uma colheita melhor
Hoje já não se montam cavalos já em passo de galope, mas os cavalos continuam a estar presentes neste desfile evocativo das homenagens que o povo fez aos seus Deuses por um tempo e uma colheita melhor
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