O café colombiano, cultivado nas encostas da Cordilheira dos Andes, tem-se destacado dos demais como um dos melhores do mundo.
Há uma lenda que diz que foram os missionários jesuítas que levaram os primeiros grãos de café para a Colômbia, em meados de 1700. Mas de acordo com dados históricos, a produção e comercialização das primeiras sacas de café para o exterior deu-se em 1835.
O café colombiano saía do principal porto do país na época, para ser comercializado na Europa, sendo que em 1860, já era tido como o principal produto de exportação da Colômbia.
Desde então, o cultivo de café no país expandiu-se por meio da agricultura familiar, desenvolvida em pequenas propriedades localizada em altitudes elevadas (1,2 mil e 2 mil metros).
Região de solo vulcânico, extremamente fértil e rico em nutrientes, altitudes elevadas e clima ideal (temperaturas que variam entre os 8 e os 24 graus), a geografia da Colômbia contribuiu bastante para o destaque do café no mercado internacional.
Assim, a variedade de elevação das lavouras, o regime peculiar de chuva e de exposição solar, foram fatores determinantes para uma qualidade superior dos grãos produzidos, arábica na sua grande maioria.
Na verdade, o café arábica reproduz-se facilmente em altitudes elevadas, mas exige o manejo artesanal das lavouras, com uma colheita 100% manual, selecionada fruto a fruto.
O solo fértil e a forma de cultivo e colheita dos grãos são os principais responsáveis por tornar a Colômbia um dos primeiros países a despontar na produção e no comércio de cafés premium, colocando-a na terceira posição dos países que mais exportam café.
Como a Colômbia está localizada numa região geográfica repleta de microclimas, o país dá origem a cafés arábica de variedades diversificadas, com diferentes sabores.
Os períodos de colheita, realizados duas vezes por ano, dependendo da região (de abril a agosto e de setembro a janeiro), também interferem no perfil de sabor dos grãos, que se apresentam suaves e equilibrados. O resultado na bebida é um corpo médio e sedoso, com níveis de acidez variando de médio a alto, e doçura pronunciada. Portanto, um café fácil de ser apreciado por todos.
Alguns especialistas também classificam os perfis de sabor dos grãos segundo a região produtora. Por exemplo, o Norte do país produz cafés com notas de chocolate e nozes, menos ácidos e com mais corpo. Já a região Central produz exemplares ricos em sabores de ervas e frutados; e o Sul oferece grãos com acidez marcante e aromas mais cítricos.
Para o mercado consumidor, o café colombiano é um dos preferidos para extração de expressos devido às torras média e média escuras, que não deixam os grãos amargos demais, desde que a moagem seja na hora, que preserva os óleos do grão.
As variedades mais consumidas no mundo são das espécies arábica e robusta. O café arábica produz uma bebida mais aromática, com baixo teor de cafeína e menos amargor. Já o café robusta produz uma bebida mais encorpada, com mais cafeína, menos doce e de aroma menos marcante.
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Estamos a visitar: Eje Cafetero; COLÔMBIA
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