CÂMARA DE LOBOS TAMBÉM É TERRA DE GENTE IMPORTANTE

A freguesia de Câmara de Lobos é uma das mais antigas na ilha da Madeira, e a sua criação remonta ao princípio do segundo quartel do século XV, aproximadamente pelo ano 1430.
O município é limitado a norte pelo município de São Vicente, a nordeste por Santana, a leste pelo Funchal e a oeste pela Ribeira Brava, sendo banhado pelo oceano Atlântico a sul.
O concelho foi criado em 1835, tendo a vila sua sede sido elevada à categoria de cidade a 2 de agosto de 1996.
Câmara de Lobos foi um dos primeiros lugares da Madeira, após a sua descoberta, sujeitos a uma imediata exploração agrícola. Tem óptimas qualidades de terreno, condições climatéricas, boa exposição solar e abrigo dos ventos.
Na cultura da agricultura salienta-se a cultura da vinha, que resulta na fabricação do Vinho da Madeira.
Estabeleceram-se na freguesia indivíduos vindos de Portugal e formaram famílias em Câmara de Lobos. Desses indivíduos, os de origem nobre, tiveram muitas terras de sesmarias e ali instituíram os seus vínculos e morgadios. Entre eles pode-se mencionar João Caldeira o Velho, que deu o nome ao sítio da Caldeira.
Nesta freguesia, a atividade piscatória era praticada por uma considerável parte da população que vivia no bairro do Ilhéu  em condições higiénicas inapropriadas.
A localidade deve o seu topónimo ao facto de, que quando João Gonçalves Zarco (1419) desembarcou aqui pela primeira vez, observou que existia uma rocha delgada que entrava pelo mar adentro e que entre esta rocha e outra ficava um braço de mar, onde a natureza fez uma grande lapa, ao jeito de câmara de pedra e rocha viva. Entraram e, tendo-se deparado com tantos lobos marinhos, ficaram espantados, encontrando-se deste modo a justificação para o nome deste local.
Desta freguesia foram naturais entre outros, João Pedro de Freitas Pereira Drumond, advogado e jornalista, Francisco da Silva Barradas, advogado e escritor, Dr. José de Barros e Sousa, juiz desembargador, Padre Eduardo Nunes Pereira, escritor, Alberto Reis, engenheiro civil, Sebastião Pestana, professor universitário, Eduardo Antonino Pestana, escritor, Padre Dr. José Gonçalves de Aguiar, teólogo, Fernando Eldoro, maestro, João Rufino Silva, musicólogo, e Joaquim Pestana, poeta.



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