PORTO MONIZ

O concelho foi criado em 31 de outubro de 1835.
Não se sabe a época precisa em que começou a sua primitiva colonização, mas não deve ter sido muito posteriormente ao princípio do terceiro quartel do século XV. 
Francisco Moniz, o Velho, é dado como um dos seus mais antigos povoadores, devendo, porém, entender-se que foi ele um dos primeiros que ali teve terras de sesmaria e o primeiro que neste lugar constituiu um núcleo importante de moradores com a fazenda povoada que estabeleceu e com a capela adjunta que fundou.
Francisco Moniz era de ascendência nobre e natural do Algarve, dizendo alguns linhagistas que casara nesta ilha com Filipa da Câmara, filha de Garcia Rodrigues da Câmara, que era filho natural do descobridor João Gonçalves Zarco, o comandante de barcas que descobriram a ilha do Porto Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira; depois a ilha da Madeira, com Bartolomeu Perestrelo (1419).





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PISCINAS DE PORTO MONIZ

Uma atração para milhares de turistas nacionais e estrangeiros, não só pela sua beleza e origem peculiar mas também pelas magníficas condições.
A qualidade da água é excelente e as infraestruturas correspondem na perfeição ao nível de excelência deste complexo balnear.
A paisagem que envolve as piscinas, a vista panorâmica que o banhista dispõe sobre a costa marítima e os rochedos são um forte atrativo também.
Com uma área de solário de, aproximadamente, 3217 m2 e uma área de natação de 3800 m2 com cerca de 2 metros de profundidade, permite ter um total de 7600 m3 de água do mar em constante substituição.
Esta é uma praia rural onde nos é permitido estabelecer um contacto agradável com a biodiversidade marinha, a uma temperatura de água média anual entre os 20 a 21ºC.
As piscinas contam também com um bar de apoio, balneários, parque infantil, posto de primeiros socorros, espreguiçadeiras e chapéus-de-sol para aluguer e presença constante de nadadores salvadores.
As piscinas estão abertas ao longo de todo o ano com um horário de funcionamento das 9:00H às 17:00H no Inverno e das 9:00H às 19:00H no horário de verão.



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PONTA DO PARGO

Ponta do Pargo é uma freguesia do município da Calheta (Madeira).
A actividade principal é a construção civil. Tem costa no Oceano Atlântico a oeste e montanhas a este.
O nome da Ponta do Pargo adveio da sua localização na extrema ponta oeste e por ser rica na espécie de peixe chamada Pargo.
O farol está situado na ponta mais ocidental da ilha, localizando-se numa arriba a 290 metros de altitude e entrou em funcionamento a 5 de junho de 1922.
A sua torre mede 14 m de altura e o seu foco está a 312 m de altitude.
O farol foi eletrificado em 1989 com energia da rede pública e em 1999 o Governo Regional declarou-o de valor cultural da Região, classificando-o como Património de Valor Local.
Em 2001 é criado um pequeno núcleo museológico onde estão expostas várias peças relativas aos faróis da Madeira, desde fotografias a documentação variada, concentrando num só espaço estes importantes documentos para a história do arquipélago.
Em 2017 o farol da Ponta do Pargo foi o farol mais visitado de Portugal, com 14 232 visitantes.



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PONTA DE SÃO LOURENÇO

A Ponta de São Lourenço é o extremo mais oriental da Ilha da Madeira, ocupando nove quilómetros de comprimento, em forma de península, no final dos quais se encontram o ilhéu do Desembarcadouro (ilhéu da Metade ou da Cevada) e o ilhéu do Farol (ilhéu da Ponta de São Lourenço ou de Fora).
Nesta área, assume particular relevo paisagístico, a Baía d’Abra, que, pela sua configuração e grande extensão, proporciona condições de ancoradouro excelentes.
A Oeste, após a marina da Quinta do Lorde, encontra-se a pitoresca Prainha – pequena praia de areia escura.
Sobranceira a esta encontra-se o Morro da Piedade, um cone vulcânico, onde foi erigida uma capela alusiva a Nossa Senhora da Piedade, no século XVI.
A Norte da Prainha, assumem relevo as Dunas da Piedade. Este edifício dunar guarda fósseis do Quaternário, com 300 mil anos, constituindo registos únicos na Europa.
Encontram-se aqui raízes fossilizadas, que indiciam a existência ancestral de uma vegetação bastante mais abundante e de maior porte, do que aquela que agora caracteriza a área.
A Ponta de São Lourenço é um Monumento Natural que integra a Rede de Monumentos Naturais da Região Autónoma da Madeira.





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PONTA DO GARAJAU

A Ponta do Garajau é um promontório situado na costa sul da ilha da Madeira, na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, a cerca de 8 km a leste do centro da cidade do Funchal.
Aquela ponta marca o extremo leste da "baía do Funchal", oferecendo vistas panorâmicas de uma grande beleza cénica.
A Ponta do Garajau é conhecida pelo Cristo Rei da Ponta do Garajau, uma estátua do Cristo Rei, voltada para o mar e de braços abertos que a encima, monumento que constitui uma das mais conhecidas marcas arquitetónicas da costa sul madeirense.
A Ponta, conhecida dos britânicos por Brazen Head, serviu até à década de 1770 para o lançamento ao mar dos restos mortais dos residentes britânicos e de outras nacionalidade que não eram católicos romanos e faleciam na ilha. Apenas naquela década foi construído um cemitério protestante britânico, cessando aquele costume bárbaro.
Na parte alta do promontório existiu um posto de vigia destinado a localizar baleias e cachalotes para baleação e, na sua base, no sítio designado por Calhau do Garajau, funcionou uma estação baleeira com traiois, destinados a aproveitar a gordura dos animais que eram caçados e rebocados para o local.
Hoje o local é coroado por um trilho pedonal e miradouro, sendo um dos mais interessantes pontos turísticos da ilha e um excelente local para observar aves marinhas.
A Ponta está ligada à Praia do Garajau, situada numa pequena fajã existente na sua base leste, por um teleférico denominado Teleférico do Garajau (com 0,4 km de extensão).





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FUNCHAL - CENTRO HISTÓRICO

Segundo os antigos cronistas, a designação de Funchal deve-se aos primeiros povoadores que, ao desembarcar neste lugar, depararam com a grande abundância de funcho, uma erva bravia com cheiro adocicado, que abundantemente vegetava no vale, na área do primitivo burgo.





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IGREJA JESUÍTA DO FUNCHAL

A Igreja de São João Evangelista do Colégio do Funchal, também referida como Igreja do Colégio dos Jesuítas, localiza-se no centro histórico da cidade e concelho do Funchal.
Construída no século XVII pela Companhia de Jesus, o templo marca a transição no país do estilo Maneirista para o Barroco, marcado por grande ostentação decorativa.
Constituiu o maior conjunto edificado na cidade até ao século XIX.
Em 2008 foi instalado um grande órgão, obra do organeiro Dinarte Machado, inaugurado por Ton Koopman.
O templo pertence ao antigo Colégio dos Jesuítas, atualmente ocupado pela Universidade da Madeira e Universidade Católica.
Exemplar de arquitetura religiosa, apresenta planta em cruz latina, com uma só nave e capela-mor bem evidenciada, profusamente decorada em talha dourada, com valiosos retábulos dos séculos XVII e XVIII, e painéis de azulejos azuis e brancos do século XVII que forram as paredes da sacristia.
Destaca-se o altar da capela das Onze Mil Virgens.





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A BORBOLETA INCOMODADA

Era uma vez uma borboleta que estava posta em sossego a dormir a sua sesta à porta da Catedral do Funchal quando, de repente, aparecem quatro turistas munidos de objectos da modernidade e, claramente, dispostos a captar o momento.
Acotovelavam-se, mediam o espaço para ficar com o melhor plano, discutiam... acordaram a bichinha da sua sesta sem sequer ter pedido permissão.
A borboleta bateu as suas lindas asas, procurou outra flor realmente posta em sossego e deixou-os tal como os conheceu, a discutir.





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SÉ CATEDRAL DO FUNCHAL

A Sé Catedral do Funchal, ou Igreja Paroquial da Sé, ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção, mandada construir por D. Manuel I, é dos poucos edifícios que sobreviveram virtualmente intactos desde os tempos da colonização.
Nos anos 90 do século XV, D. Manuel enviou o arquiteto Gil Eanes para trabalhar no desenho da catedral do Funchal, que ficou concluída em 1514. No entanto, já se celebravam missas no templo desde 1508, quando o Funchal foi elevado à categoria de cidade. O coruchéu da torre sineira e mais alguns detalhes só vieram a ser finalizados entre os anos 1517 e 1518.
Os destaques vão para o cadeiral da capela-mor (ligado ao escultor Olivier de Gand, mas cujo principal responsável poderá ter sido Mestre Machim, depois da morte Olivier de Gand), que exibe santos, profetas e apóstolos em trajos do século XVI.
Nos pormenores decorativos dos assentos e apoios para os braços podem ver-se aspetos da vida da Madeira como, por exemplo, um querubim que transporta um cacho de bananas e outro que carrega um odre cheio de vinho.
A igreja possui uma excecional cruz processional, oferecida por D. Manuel I. Esta alfaia de culto em prata é considerada uma das obras-primas da ourivesaria manuelina portuguesa.
Uma vez que à Diocese de Funchal estiveram sujeitas todas as terras descobertas por Portugal nas Américas, esta tornou-se, por alguns anos, a maior diocese católica do mundo, em extensão.




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MERCADO DOS LAVRADORES TEM MESMO QUE SER

O Mercado dos Lavradores é um prédio histórico situado no centro da cidade do Funchal.
É uma obra que preserva a arquitetura tradicional do Estado Novo, num estilo que oscila entre a Art Déco da década de 1930 e o Modernismo.
O Mercado dos Lavradores foi inaugurado a 25 de novembro de 1940, sendo o projeto arquitetónico da autoria de Edmundo Tavares.
É, também, uma das obras de referência do período do governo camarário de Fernão de Ornelas.
O Mercado tem uma área coberta de 9.600 m². A decorar a entrada principal e, também no interior, estão vários painéis de azulejos pintados com temas regionais por João Rodrigues, produzidos na Fábrica de Loiça de Sacavém.
Uma outra característica é o traje tradicional e folclórico  madeirense de muitas vendedoras, pleno de cores vivas.



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PORTAS COM ARTE

As portas da Rua de Santa Maria no centro histórico do Funchal.





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FUNCHAL - RUA DE SANTA MARIA

A sua origem remonta ao século XV, altura em que Funchal começa a ser povoado com maior intensidade.
Quando esta parte do Funchal começou a ser povoado, os portugueses construíram a Igreja de Santa Maria do Calhau e a pequena rua de terra que dava aos devotos acesso à igreja.
Com a evolução do povoamento no séculos posteriores, para oeste e para norte, a parte velha começa a ficar mais deteriorada.
A Câmara Municipal teve um plano brilhante para revitalizar a zona histórica do Funchal, e que a transformou para uma das atrações mais visitadas da cidade.
As portas das casas foram pintadas por artistas conhecidos e menos conhecidos. As ilustrações são muito bem-feitas e dão a impressão de que a rua é cheia de vida e cor.
A assinatura de Marcos Milewski pode ser encontrada na primeira porta a ser pintada, localizada na Rua de Santa Maria, 77 (2011).
A rua foi transformada numa galeria de pública através do projeto artE pORtas abErtas (2010). O espaço incentiva à descoberta artística, a caminhar pela rua e a interagir com as obras de arte.
Outros artistas plásticos juntaram-se e  as ruas adjacentes também foram revitalizadas pela presença da arte e da cultura.
A rua de Santa Maria é uma rua encantadora: humilde em origem, rica em personalidade e cor. Neste sentido, faz justiça aos Madeirenses.


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FUNCHAL - SENHORA DO MONTE

Em 1470, uma capela (dedicada a Nossa Senhora da Encarnação) foi construída neste site por Adão Gonçalves Ferreira, o primeiro homem nascido na Madeira .
Em 10 de junho de 1741, foi posta a primeira pedra da Igreja atual dedicada a Nossa Senhora do Monte.
Poucos meses depois da conclusão da igreja, a Igreja foi gravemente afetada por um terremoto em 31 de março de 1748.
Foi reconstruída e, em 20 de dezembro de 1818, a Igreja foi finalmente consagrada pelo Arcebispo de Meliapor e pelo administrador da Diocese D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde.
Aqui se encontram os restos mortais de Carlos I da Áustria, exilado político na sequência da dissolução do Império Austro-húngaro.


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JARDIM BOTÂNICO - AFINAL NÃO ESTAVA TUDO DITO

A primeira vez que se mencionou a possibilidade de criar um organismo botânico na Madeira ocorreu em maio de 1798, através de um documento que João Francisco de Oliveira havia enviado a Domingos Vandelli, diretor do Real Jardim Botânico de Lisboa, intitulado Apontamentos para se estabelecer na Ilha da Madeira hum viveiro de plantas e huma Inspecção sobre a Agricultura da mesma Ilha.
Durante o século XIX vários cientistas e técnicos afetos à Botânica, tais como o naturalista alemão J.R. Theodor Vogel em 1841, o botânico austríaco Friedrich Welwitsch em 1852 e o naturalista barão Castello de Paiva em 1855, reforçavam a necessidade de ser criado um jardim botânico na ilha da Madeira, atendendo às suas condições climatéricas, importância botânica e potencialidades florísticas.
Em abril de 1950, a primeira Conferência da Liga para a Proteção da Natureza, realizada no Funchal, culminava com um parecer que seria um importante impulso para a criação de um jardim botânico na ilha.
Foi durante a presidência de António Teixeira de Sousa, iniciada em 1951, que a Junta Geral adquiriu a Quinta do Bom Sucesso com a finalidade de albergar o Jardim Botânico.
Fundado pelo engenheiro Rui Vieira, o Jardim Botânico da Madeira foi inaugurado a 30 de abril de 1960.
Ao longo dos tempos o Jardim Botânico foi crescendo em área, começando com uma superfície de pouco mais de 10 hectares até aos atuais 80 hectares, através da aquisição de terrenos confinantes a este.
Atualmente o Jardim Botânico da Madeira é propriedade do Governo Regional, integrado desde 1992 na Direção Regional de Florestas, da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais.


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JARDIM BOTÂNICO DO FUNCHAL

O Jardim Botânico da Madeira - Eng.º Rui Vieira é um jardim botânico português, localizado na cidade do Funchal.
É constituído por diversas espécies botânicas, mais de 2 500 plantas, oriundas de todos os continentes que coexistem em harmonia, cerca de 300 aves exóticas e 200 espécies indígenas da Região.
Entre 2000 e 2009 mais de 2,8 milhões de pessoas visitaram o Jardim Botânico da Madeira, sendo que, anualmente, 345 000 pessoas o visitam.


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DE TELEFÉRICO ATÉ AO JARDIM BOTÂNICO - FUNCHAL

O Teleférico do Jardim Botânico localiza-se no Funchal.
Inaugurado em 2005, faz a ligação do Jardim Botânico ao Monte, em aproximadamente nove minutos, tendo uma vista panorâmica do vale da Ribeira de João Gomes e sobre a cidade do Funchal.
É composto por 12 cabines de 8 lugares cada, movimentadas por um sistema tipo monocabo-telecabina.
É explorado pela empresa MTA - Transportes Alternativos da Madeira.
A estação de base situa-se no Jardim Botânico da Madeira, estando o topo, no Monte, situado no Largo das Babosas e os Jardins do Monte.
Neste local tem correspondência pedonal com o terminal topo do Teleférico da Cidade do Funchal e não fica longe da estação Monte da ferrovia em cremalheira do Comboio do Monte, extinta em 1943.


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O TELEFÉRICO DO FUNCHAL

A construção do Teleférico Funchal-Monte teve início em Setembro de 1999 e foi inaugurado em Novembro de 2000.
O trajecto foi concebido com o objectivo de recuperar o papel turístico do Comboio do Monte, existente em 1887-1943.
O cabo tem 3178 m de comprimento e 43 mm de espessura e está assente em 11 torres metálicas cónicas que mantêm uma distância de 5,5 m entre os dois ramos do cabo, algumas implementadas em plena malha urbana.
O maior vão é de 550 m.
A estação de base situa-se no jardim do Almirante Reis, na zona histórica do Funchal, estando o topo, no Monte, a meio caminho entre o Largo das Babosas e os Jardins do Monte.
Neste local tem correspondência pedonal com o terminal topo do Teleférico do Jardim Botânico e não fica longe da estação Monte da ferrovia em cremalheira do Comboio do Monte, extinta em 1943.


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PAÚL DO MAR

Paúl do Mar é uma freguesia portuguesa do município da Calheta (Madeira).
As atividades principais são a agricultura e pesca.
Tem costa no Oceano Atlântico a oeste e montanhas a norte e nordeste.



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A IGREJA DE JARDIM DO MAR

Em 15 de Novembro de 1734, criou-se um curato na freguesia do Jardim do Mar, com sede na Capela Nossa Senhora do Rosário já ali existente, que foi inteiramente reconstruída no ano de 1786.
Mais tarde, o pároco César Martinho Fernandes iniciou a construção de uma nova igreja com o mesmo orago, tendo sido benzida a 19 de setembro de 1907 pelo Bispo D. Manuel Agostinho Barreto.
A Igreja do Jardim do Mar, dedicada a Nossa Senhora do Rosário foi construída entre 1906 e 1907 sobre as ruínas da primitiva capela do século XVI.
O responsável por esta obra de arquitetura foi o pároco do Jardim do Mar Padre César Martinho Fernandes que com a ajuda do povo, homens e mulheres, conseguiu construir esta igreja sem a ajuda de dinheiros públicos.
O estilo desta Igreja é o estilo gótico, um gótico revivalista, tratando-se de uma réplica em escala menor da catedral de Notre Dame de Paris, Séc. XX.
A Festa de Nossa Senhora do Rosário realiza-se nesta paróquia no dia 7 de Outubro.



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JARDIM DO MAR - MADEIRA

O Jardim do Mar dependia, inicialmente, dos Prazeres ou do Paul do Mar, ganhando a sua independência no século XVIII.
Na origem do seu nome está a transição entre as áridas encostas verticais e a verde e alegre estância junto ao mar, em tempos coberta por flores silvestres.
Rodeada pelo mar e 'pressionada' pelas montanhas, esta freguesia preserva ainda a tranquilidade dos bons velhos tempos, facilmente constatável nas estreitas ruas típicas e nas casas baixas, com diferentes formatos de chaminés.
O Jardim do Mar tem vindo a ganhar algum relevo entre a comunidade surfista.




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FOMOS APRENDER SOBRE MEL DE CANA

Desde o início do povoamento da ilha, o seu clima ameno, a sua riqueza em água, a sua cobertura vegetal luxuriante geradora de boas madeiras (que lhe deram nome) e a boa qualidade dos solos formados pelo desbravamento e limpeza dos leitos das ribeiras, rapidamente tornaram os primeiros colonos portugueses autossuficientes em cereais e noutras culturas introduzidas, pelo que, por volta de 1425, o Infante D. Henrique (Senhor das Ilhas) mandou trazer “estacas” de cana sacarina da Sicília para sua produção na ilha.
A instalação dos canaviais exigiu a criação de novos “solos agrícolas”, a partir de queimadas nas zonas altas e arborizadas da ilha e da construção generalizada de socalcos, localmente denominados de “poios”, que acompanham as curvas de nível e são suportados por muros de pedra basáltica emparelhada e a criação duma alargada rede de canais de rega (“levadas”) para transportar a água das ribeiras e nascentes e, mais tarde, também das terras altas e da encosta húmida a norte, para assegurar a irrigação dos canaviais, proporcionando à cana sacarina as condições edafoclimáticas ideais para sua adaptação e desenvolvimento.
A disponibilidade de cursos de água, de madeiras e de gado para movimentação de cargas e dos engenhos, facilitou também o aperfeiçoamento das rudimentares técnicas de moenda das canas e dos processos de cristalização na produção do açúcar que, na Idade Média, era um “produto de luxo”, muito valorizado e de consumo reservado às cortes e às classes mais abastadas. Em poucas décadas, os mestres açucareiros e os mercadores madeirenses monopolizaram o fornecimento de açúcar ao Reino e às principais cortes europeias, gerando uma relevante atividade comercial que, até o fim do século XVI, potenciou o primeiro ciclo económico de desenvolvimento da ilha.
Registos históricos demonstram que a produção de xaropes de cana sacarina, denominados de «Mel», sempre acompanharam a produção do afamado “açúcar”. Inicialmente correspondia ao xarope que escorria das formas do açúcar (“pães de açúcar”) nas sucessivas purgas do seu processo de cristalização. Este produto foi muito procurado, na primeira metade do século XVI, pelas embarcações que escalavam o porto do Funchal, como é relatado no Memorial de Cristóvão Colombo aos Reis Católicos, de janeiro de 1494, que recomendava o embarque de 50 pipas de «Mel» de açúcar da Madeira para uso das suas tripulações.
Nesta época, também alguns proprietários de canaviais, promoviam a produção caseira de «Mel», mas neste caso obtido a partir da cozedura do sumo integral de canas da sua safra, que reservavam para consumo familiar e para a produção de conservas de frutos, especialmente em alguns conventos locais, onde este «Mel» era também utilizado nas receitas de bolos e doces variados que, nas efemérides religiosas (Advento, Natal e Entrudo), eram produzidos para consumo interno, para oferenda aos benfeitores e mesmo para exportação.
Mesmo durante o declínio desta cultura na ilha (entre os séculos XVII e XIX), a produção caseira de «Mel» manteve-se ativa, assegurando a manutenção de pequenos canaviais pela ilha e preservando a rica doçaria conventual madeirense.

A partir do século XIX, com a reintrodução na ilha de novas formas cultivadas de cana sacarina, a produção de «Mel» passou a ser realizada, a nível industrial, em simultâneo, embora em menor escala, com a produção dos demais derivados da cana que sucessivamente foram sendo obtidos na ilha: o açúcar, o álcool (para enriquecimento do Vinho Madeira) e, mais recentemente, o Rum da Madeira, bebida espirituosa registada como Indicação Geográfica Protegida.
Todos os registos que referem e descrevem este xarope de cana sacarina o denominam de «Mel» ou «Mel da Madeira», designações que se mantiveram em uso na ilha e em Portugal por quase seis séculos até que, no fim do século XX, por disposição da legislação europeia, a designação «Mel» que também significa «Mel das Abelhas» passou a estar exclusivamente reservada à substância natural açucarada produzida pelas abelhas da espécie Apis melífera, pelo que os produtores madeirenses tiveram de adotar a denominação Mel-de-cana da Madeira, para designar este produto de grande interesse económico local e elevado significado para a identidade e memória coletiva madeirenses.


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