JAPÃO - KYOTO - GION - DE MAIKO A GUEIXA

Tem entre 15 e 19 anos, acorda cedo, vai para a escola especial de artes tradicionais onde aprende canto, toca instrumentos musicais, faz dança, aprende a preceito a cerimónia de chá e a fazer arranjos florais... e tudo o que de mais há para aprender da tradição da cultura do seu país
A meio da tarde regressa a casa para um pequeno intervalo de descanso ao qual se segue umamaquilhagem perfeita e rigorosa, um quimono especial, um obi para prender, um penteado para ajeitar e enfeitar e uma nova saídapara se apresentar e abrilhantar o jantar de mais um grupo de convidados.

Volta a casa já tarde e dorme pouco e em cuidados para não estragar o penteado.

Eis a vida de uma maiko, a menina adolescente que faz noitadas sem dinheiro no bolso nem tempo para namorar.

JAPÃO - Kyoto - Gion
Às seis da tarde os turistas juntam-se nos passeios de Gion para ver passar as maiko e geiko a caminho dos restaurantes e casas de chá para fazer as suas apresentações. Mas, será que todos sabes distinguir uma maiko de uma geiko?
Para que nenhum seja turista desprevenido, aqui vai a explicação que afinal é simples. Numa maiko a gola do quimono, isto é, aquele friso de tecido abaixo da nuca, é vermelho. Numa geiko a gola é branca.

Há ainda diferença na forma como ata o obi, mas do obi falamos a seguir.

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Obi, o cinto que aperta os quimonos é uma das peças mais importantes, se não a fundamental, no traje tradicional do Japão.
As solteirras atam-no em laço, as casadas em almofada, as sérias atam-nos atrás, as de moral mais distraída à frente.

As maiko, escolhem um tecido da seda mais bonita que encontrarem, pintam-no à mão com motivos de flores e pássaros e deixam-no cair a direito para que se veja bem toda a arte que puseram na sua confecção.

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Têm entre 15 e 19 anos as meninas que deixam a casa dos pais para rumarem à cidade grande e aprender a arte tradicional japonesa.
Partilham casa, chamam mãe à que não é, competem com as irmãs que também não o são. Empenham-se nas artes musicais e na dança, aprendem a conversar sem desconversar e a pintar-se com rosto de bonecas e lábios de mulher.

É dispendiosa e completa a formação de uma maiko. 

Tão dispendiosa que chega a ser patrocinada. Tão completa que chega a ocupar-se até da passagem de menina a mulher.

Aos 19 anos voltam a casa de seus pais as meninas que não chegam a ser gueixas porque não quiseram chegar a ver a sua honra leilodada e arrematada por quem der mais.

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