Onde comer e o que comer nunca é um problema nas nossas viagens: se for viagem organizada por agência, fazemos questão que seja pensão completa; se formos nós a organizar, fazemos uma pesquisa antes e tudo corre bem.
Tudo corre bem também porque somos de boa boca e porque a fome, que aperta sempre com quem gasta energia, faz o resto.
Da minha vida de turista só me lembro de duas ocasiões em que tive sérias dificuldades em comer o que me puseram à frente e, uma delas, foi aqui em Munique. Pobre salada de rúcula com molho de iogurte que teve que teve que regressar à cozinha sem a honra de um elogio!
Não que eu não goste de iogurte ou até de rúcula mas aquela mistura revelou-se mais agreste do que aquilo que as minhas benevolentes papilas foram capazes de suportar.
Se um dia, numa viagem à Alemanha, se depararem com tal, proven antes de decidir . Foi o que eu fiz.
Munique, capital da Bavária, abriga prédios centenários e inúmeros museus.
A cidade é conhecida pela celebração anual Oktoberfest e pelas cervejarias, inclusive a famosa Hofbräuhaus, fundada em 1589.
Na Altstadt (Cidade Velha), a praça central Marienplatz contém pontos turísticos como o Neues Rathaus (paço municipal) neogótico com um famoso espetáculo de glockenspiel que ressoa e reencena histórias do século XVI.
Comer da gastronomia local também é fazer turismo, certo?
Então, partindo desta premissa, temos que provar tudo, das entradas à sobremesa.
Se calhar chamar entradas àquelas tábuas de enchidos, aos torresmos, aos bolinhas de bacalhau, ao queijo com marmelada e à broa de milho é apoucá-los mas depois, onde é que há espaço nas categorias dos pratos que chegam à mesa para aquela carne de vaca arouquesa?
As vaquinhas de Arouca também só podem ser felizes. Só vaquinhas felizes fazem a gente feliz. E nós formos felizes na espetada, nos lombinhos, na posta. Com tão boa carne, a oferta de peixe é pouco mais que bacalhau.
O rei dos acompanhamentos é o arroz de feijão e o arroz de enchidos. Não fossem as sobremesas e parávamos já por aqui, mas não podemos!
Em terra de religiosas seria um verdadeiro pecado não fazer as honras às barrigas de freira, às castanhas doces, ao pão de ló que é molhado e coberto com calda de açúcar... só as morcelas doces é que não conseguiram atingir o nível da expectativa.
São muitas as aldeias de xisto da Serra da Freita.
Tínhamos escolhido umas quantas para ver mas esta até nem era das prioritárias. Mas passámos à placa algumas vezes, neste dia tínhamos tempo, fomos.
Para não variar muito, há a estrada principal, a placa e a inevitável estradinha estreita e sinuosa e, lá ao fundo, um largo para estacionar. Não há espaço nem permissão para entrarem carros na aldeia.
Quando se sai do carro deixa-se a modernidade para trás e entra-se no mundo do "como era dantes".
Está lá tudo, as casas em pedra, os telhados de ardósia, as ruas de laje, o silêncio, o som do rio Paiva...
Habitantes, já não há. Agora as casas recuperadas a preceito só recebem turistas.
Percorremos a rua do cimo ao fundo, espreitámos para dentro das casas e dos quintais e não vimos ninguém. As chaminés não deitavam fumo, as portas não se abriram, das janelas nem vinha cheiro de comida nem som de telefonia e a única conversa que se ouvia era a nossa. Faltaram as crianças a correr, as senhoras à porta para a gente dar os bons dias, não tivermos que encostar à parede para deixar passar uma carroça e nem foi preciso prestar atenção ao chão, estava imaculado.
Fizémos trabalhar o poder da imaginação o melhor que pudemos.
A paisagem é linda, a aldeia é uma típica aldeia de xisto e ninguém se cruzou connosco na tal estrada estreita e sinuosa. Feitas as contas, o balanço foi positivo.
A partir do km 7 tudo se pacifica. O rio acalma, a vegetação fica ainda mais verde, voltamos a ver estrada, carros e a força anímica que ia começar a quebrar ganha ânimo para chegar até ao fim com a boa disposição do início.
Depois de passar a cancela há um quiosque com algumas cadeiras de esplanada e tentações para repôr os níveis de açúcar.
Agora é hora de ir andando até ao parque de estacionamento e esperar um dos muitos táxis que fazem a ligação Areinho/Espiunca/Areinho e voltar ao carro que tinha ficado lá onde esta aventura começou.
Do quilómetro seis ao quilómetro sete o rio estreita, a água atira-se furiosamente por onde pode e o passadiço faz curvas em cotovelo onde os mais altos têm mesmo que ter cuidados redobrados.
Já que falamos em cuidados, falemos de segurança. Todo o percurso é seguro, mesmo assim, a paisagem puxa muito à distracção e a gente esquece-se onde põe os pés. De vez em quando há degraus, de vez em quando há um fosso entre o estrado de madeira e a rocha para onde o entusiasmo e a distracção nos podem atirar.
Pensando em tudo isto e até no que não me passa pela cabeça, há postos SOS que funcionam até onde os telemóveis não têm rede.
Nesta fase, metade do caminho já está percorrido e ainda não há cansaço.
A animação continuava em alta também porque a paisagem ajuda. Esta é uma das zonas de águas mais revoltas de todo o percurso. As águas vão animadas e a espuma faz desenhos. Debruçámo-nos do parapeito e fizemos das coisas que mais gostamos de fazer, pôr a trabalhar o poder da imaginação.
O percurso faz-se sob uma estrutura madeira de pinho tratada, ancorada em ferro no maciço rochoso, sendo necessário, para o percorrer, alguns cuidados regulamentares e medidas de segurança.
O passadiço também integra troços em degraus e algumas parcelas em terra firme.
Ao longo do percurso encontram-se painéis explicativos e informativos quanto a referências naturais como a cascata da Aguieira e os rápidos mais fortes do rio, como o chamado 'Rápido Grande', de 100 metros de extensão em corrente acelerada, e o 'Rápido das Marmitas', de 50 metros.
O percurso estende-se entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca, encontrando-se, entre as duas, a praia do Vau.
A praia do Vau está equipada com instalações sanitárias e o seu areal é, muitas vezes, aproveitado para fazer uma pequena paragem para retemperar forças, comer o farnel e, os afoitos das vertigens podem pôr-se novamente à prova numa ponte suspensa menos turística e mais radical.
Na praia do Vau também é possível sair do percurso.
Os Passadiços do Paiva são uma série de passadiços pedonais de madeira do rio Paiva, em Arouca.
Têm um comprimento de cerca de 8,7 quilómetros, estando prevista a construção de mais 12 quilómetros.
Foram construídos ao longo da margem esquerda do rio Paiva, na bacia hidrográfica do rio Douro, entre a ponte de Espiunca e a praia fluvial do Areinho, abarcando assim a área conhecida como a Garganta do Paiva, sendo um dos elementos do Geopark Arouca.
A partir da ponte tudo é muito mais fácil. Enfim, para quem tem dificuldades em descer degraus ainda tem um bom desnível para vencer. Mas, quando se chega lá a baixo quase ao nível do Rio Paiva, é respirar fundo e seguir em frente porque ainda estão pela frente quase seis quilómetros de caminho. A direito ou a descer, mas são seis quilómetros.
Para que estejamos sempre orientados, de quilómetro em quilómetro há uma placa que nos situa.
📎 É possível visitar a ponte sem fazer os Passadiços e é possível fazer os Passadiços sem fazer a ponte;
📎 A ponte tem número controlado de entrada de visitantes com horários bem determinados para o início de cada visita e é muito requisitada. Se a reserva de visita não for feita com antecedência é quase certo que não vão conseguir entrada;
📎 Se forem em grupo e alguém tiver vertigens ou medo das alturas, não vale a pena mentir, a ponte treme sim e o tabuleiro é de rede de aço de malha apertada mas deixa ver para baixo;
📎 Aos restantes o conselho só pode ser que vão. A ponte é segura e até já foi reforçada com mais cabos de aço e guardas mais altas;
📎 Se o tempo estiver de chuva, levem impermeável em vez de guarda-chuva. Guarda-chuvas não são permitidos na ponte;
📎 516 é o número de metros de comprimento da ponte e pode ser feita de um lado para o outro as vezes todas que se quiser. Não há pressas.
O percurso dos Passadiços do Paiva é linear por una distância de praticamente nove quilómetros.
Isto significa que tivemos que deixar o carro numa ponta, fazer o percurso e apanhar táxi de volta até ao carro. E não, nunca nos passou pela cabeça voltar para trás pelo mesmo caminho. Mas podíamos! Se quiséssemos.
Fizemos o nosso trabalho de casa para escolher em qual das pontas deixar o carro. Escolhemos a praia de Areinho para ponto de partida. É verdade que a primeira parte é sempre a subir até à Ponte 516 mas, depois, a partir da ponte, é sempre a descer e, convenhamos, para caminhar oito quilómetros, é melhor ser a descer do que a subir. Quem quiser fazer o contrário, já sabe com o que pode contar.
Então, deixámos o carro num dos parques de estacionamento na praia de Areinho e enfrentámos com a coragem de quem está a começar, os muitos degraus a subir até à base da ponte suspensa.
Este primeiro quilómetro a quilómetro e meio é de acesso livre. Quem apenas queira picar o ponto até pode fazer só esta parte e já pode dizer que foi... mas perde a melhor parte, sem sombra de dúvida.
Mas, se forem fazer todo o percurso, podem poupar às pernas uma boa quantidade de degraus se deixarem o carro por ali, no ponto em que o percurso dos passadiços se cruza com a estrada de acesso à praia e aos parques de estacionamento.
Entre as serras de Montemuro e de Arada, na margem do rio Paiva, Meitriz foi a primeira aldeia arouquense a ser considerada "Aldeia de Portugal".
A cruzar a aldeia, surge, marcado, o percurso pedestre "Rota das Tormentas", mas em Meitriz não há tormentas, há calma, quietude, uma imensidão de verde e um correr cristalino de água, que reflete o acastanhado e o acinzentado da ardósia e do xisto das casas.
Quando vista ao longe a aldeia mostra ainda os caminhos, os socalcos agrícolas e a ponte.
A ponte foi construída há não muito tempo, substituindo os antigos barqueiros que cruzavam as margens, levando pessoas e bens.
O Monte de São Macário é uma elevação que integra a Serra da Arada, com 1052 metros de altitude máxima (no Alto de São Macário). Localiza-se a pouco mais de 10 quilómetros a norte de São Pedro do Sul.
No século XII esta serra era denominada "mons magaio" ou "mons macario", em honra a Macarius, possivelmente uma divindade naturalística lusitana.
Macário, filho de um rico, num dia de caça, matou acidentalmente o pai. Como penitência, tornou-se eremita, numa gruta nesta serra e dedicou o resto dos seus dias à oração e à proteção dos animais que anteriormente caçava.
Andámos por aqui perdidos graças ao GPS, mas bem dispostos, sempre bem dispostos.
Não encontrámos a gruta, mas descobrimos, quero dizer, o GPS mandou-nos passar num daqueles baloiços panorâmicos da moda. Mesmo sem fazer a mínima ideia de onde estávamos parámos, aproveitámos e, quando já estávamos fartos, seguimos viagem naquela estrada linda no meio do nada.
Situa-se na Serra de São Macário, a 20 KMS de São Pedro do Sul, no fundo de um vale profundo, pelo que, o seu acesso de automóvel é algo complicado, não sendo permitida a entrada de veículos na aldeia.
Apesar de a estrada ser estreita, inclinada e às curvas, acho que vão chegar à mesma conclusão que nós: já fomos a sítios piores.
À chegada somos recebidos por um painel com a indicação: "Valeu a pena vir à Aldeia da Pena".
A Pena tem neste momento apenas treze habitantes com residência fixa.
Apesar de praticamente deserta é um ponto de passagem obrigatório para os amantes da Natureza, uma vez que se encontra no centro do vale e junto à ribeira da Pena de águas límpidas mas frias.
Se ainda houver dúvidas se valeu a pena ir à Aldeia da Pena, então experimentem almoçar no restaurante "O morto que matou o vivo. Ah, mas têm que marcar!
Ao que parece há mesmo muita gente que não quer ficar com a dúvida e que, para além disso, quer ficar a saber o porquê de tal nome para um restaurante.
Não sabemos se é lenda, se é verdade, se são as duas ao mesmo tempo mas cá vai.
Conta-se que quando a aldeia ainda não tinha acesso por estrada nem cemitério, os caixões dos defuntos eram carregados em braços montanha a cima e, atrás deles, todo o acompanhamento do funeral. Escorregando aqui, tropeçando ali, um dia um dos carregadores perdeu o equilíbrio, o caixão caiu, rebolou desgovernado montanha a baixo e apanhou em cheio um pobre vivo que não resistiu. A história da tragédia foi passando de geração em geração e o dia é sempre mencionado como "o dia em que o morto matou o vivo".
O dito hoje é nome de restaurante que está sempre à pinha e onde se almoça muito bem.
Aqui o rio Caima projeta-se a mais de 60 metros de altura, num espetáculo natural digno de ser contemplado.
E a melhor parte é que tudo pode ser observado do alto de um miradouro de muito fácil acesso a partir da beira da estrada.
Para quem queira descer até ao nível do rio já na base da cascata, também pode. Existe um caminho de terra que se vai tornando mais acidentado à medida que vai chegando perto, mas nada que cause impedimentos de maior.
Preferimos ficar cá por cima e dividir a nossa atenção entre a paisagem, a cascata e os painéis explicativos da geologia, flora e fauna locais.
Está indicado a partir da estrada e é uma paragem que não deve ser dispensada.
Estamos no Centro de Interpretação das Pedras Parideiras.
Depois da explicação e do filme, somos convidados a fazer um pequeno percurso para identificação do fenómeno geológico. E não é que fomos mesmo capazes?
Qualquer GPS é capaz de nos fazer chegar ao Centro de Interpretação das Pedras Parideiras.
Chegamos a uma aldeia de poucas casas. Numa dessas casas à beira da estrada, a indicação faz entrar numa espécie de loja de produtos regionais e, ao balcão, compramos as entradas.
Somos conduzidos a uma sala onde nos é feita uma primeira explicação aproveitando a pedra das paredes toscas e a seguir, se dúvidas houver, ficam todas esclarecidas num vídeo de cerca de quinze minutos.
Podem crer que vão ficar a saber tudo acerca de pedras que parem pedras.
Levantámos cedo , descobrirmos pelo cheiro uma padaria para tomar o pequeno almoço e fizemo-nos ao Geoparque de Arouca.
Este era o dia dedicado a miradouros e fenómenos geológicos.
Primeiro ponto de paragem no Miradouro do Detrelo da Malhada. Tanto frio, tanto vento, tanto nevoeiro. A avaliar pelo que tínhamos pesquisado e pelo que estava no painel explicativo, a paisagem é linda mas, só depois de tudo isto passar.
Não desanimámos. Descemos a montanha e agora até somos capazes de formular um conselho: nas montanhas, é mais acertado deixar os miradouros para meio do dia, altura em que a humidade é menor.
No vale estava ótimo. Abriu o sol, cessou o vento, já não fazia frio e as cores da paisagem batida do sol... ai as cores! Ali, no meio do nada e onde não passava ninguém, parámos, saímos e ficámos só a andar de um lado para o outro, a escutar e a respirar fundo para sentir tudo.
É verdade que não conheço outro mas, mesmo assim, sou capaz de dizer que este é um excelente lugar para pernoitar em Arouca.
A Quinta da Vinha do Souto fica cerca de três a quatro quilómetros do centro da cidade.
Não está exactamente visível da estrada mas é fácil de encontrar. Se não for, alguém oferece ajuda.
Foi o que aconteceu. Ainda nem sabíamos se estávamos perdidos, já o Senhor parava a cartinha para perguntar do que andávamos à procura.
Durante toda a estadia ficámos a morar com o simpático casal que gere a quinta, mas na casa que era da avó, rústica por fora e tão agradável lá dentro.
Todos estão empenhados em proporcionar uma boa estadia, desde os donos aos animais de estimação e até os da quinta.
Estivemos bem, gostámos muito e, se voltarmos a Arouca, é para lá que vamos se nos quiserem receber.
Situa-se, por estrada, a cerca de 8 Km da Vila de Arouca.
O Monte da Senhora da Mó, faz-se por caminhos estreitos e sinuosos, com subidas de grande elevação.
Daqui, Arouca vê-se ao espelho e até o Porto aparece no horizonte, nos dias mais limpos.
O cruzeiro ilumina-se à noite, marcando presença.
Ao lado, uma pequena capela com traços árabes, erguida em honra da Senhora que salvou um cristão da escravatura dos Mouros.
Preso dentro de uma caixa, com uma mó por cima, aproveitou os nós da corda para rezar fervorosamente, alcançando o milagre da libertação.
Por isso, de 7 para 8 de Setembro, os homens de Arouca dão vida a esta Casa da Ceia, ao lado da capela, preparando eles próprios o bacalhau e todas as iguarias da festa em honra da padroeira.
Por todo este monte as famílias põem as suas mesas e lançam-se numa noitada de convívio, tendo sempre como paisagem de fundo, Arouca.
Em Arouca, Nossa Senhora da Mó é considerada advogada dos campos, das colheitas e dos animais e protectora contra as secas e as trovoadas.
Em frente à Igreja do Mosteiro, do outro lado da Praça, está a Capela da Santa Casa da Misericórdia.
Diz o frontispício que os devotos a fizeram no ano de 1612.
O teto da nave principal apresenta curiosas pinturas de alguns dos santos mais relevantes da Igreja Católica, com destaque para os apóstolos, os evangelistas, os doutores da igreja e outros santos da devoção popular.
A iconografia remete-nos, imediatamente, para as cenas da Paixão de Cristo, muito estudadas e cultivadas pela Santa Casa da Misericórdia de Arouca, e de que a Procissão dos Fogaréus, que organiza todas as quartas-feiras anteriores à Páscoa, é o ponto culminante.
Aqui se conta um pouco da história das Misericórdias, que, durante séculos, não só se têm dedicado à proteção dos mais desfavorecidos, como à preservação e valorização do património.
Na zona que eram dormitórios das Monjas do Mosteiro de Arouca está hoje instalado o Museu de Arte Sacra.
Por aqui passaram do noviciado a professas meninas e senhoras da nobreza que trouxeram bens e riqueza.
Depois da extinção das Ordens Religiosas, uma comunidade de Arouquenses bem intencionados protegeu toda esta riqueza de saques, extravios e posses administrativas dos sucessivos Governos.
A Arte Sacra do Mosteiro de Arouca está exposta e é visitável a sós, ou em visita guiada, a preço simbólico.
Mesmo em frente da Igreja do Mosteiro, do outro lado da Praça, fica a Igreja da Misericórdia.
Na quaresma, no dia da procissão do Senhor dos Passos, o Senhor Morto sai da Igreja da Misericórdia percorrendo a Via Sacra até ao Calvário de Arouca. Foi para o Calcário que nos dirigimos então.
O Santuário da Senhora da Mó fica, por estrada, a cerca de 8 kms do centro da cidade. A estrada é estreita e sempre a subir. Nos dias de boa visibilidade há-de ver-se o Porto ao longe. A grande cruz ao lado da capela ilumina-se durante a noite e é visível de qualquer ponto da cidade.
2º DIA – AROUCA - CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DAS PEDRAS PARIDEIRAS - PEDRAS BOROAS - ALDEIA DA PENA - JANARDE - MEITRIZ - AROUCA
Pequeno almoço em Arouca e saída para o Arouca Geoparque. Início da visita pelo Centro de Interpretação das Pedras Parideiras. O Centro dispõe de uma sala onde é exibido um filme de cerca de 15 minutos que explica o fenómeno geológico e depois é possível identificar as diferentes fases de desenvolvimento de uma pedra parideira em exemplares existentes no exterior.
Voltamos ao carro e seguimos para as Pedras Boroas. Um painel explicativo no local, vai indicar, de forma simples, porque se chamam boroas a estas pedras.
Atravessamos agora a Serra de São Macário para descer até ao vale por uma estrada sinuosa que nos leva até à Aldeia da Pena onde faremos um pequeno passeio a pé seguido de almoço no Restaurante Onde o Morto Matou o Vivo. O nome do restaurante é também o título de uma lenda local. Vai valer a pena ir à Aldeia da Pena!
Depois de almoço, o regresso a Arouca faz-se atravessando outra vez a Serra de São Macário com paragem nas típicas aldeias de Janarde e Meitriz.
Regresso a Arouca ao final do dia para jantar no Restaurante Parlamento.
3º DIA – AROUCA - AREINHO - PASSADIÇOS DO PAIVA - ESPIUNCA - AROUCA
Dia completamente dedicado aos Passadiços do Paiva.
À chegada a Espiunca, regresso em táxi local até Areinho onde tinha ficado estacionado o carro. Volta para Arouca para jantar no Restaurante Pedestre 142 e alojamento.
4º DIA – AROUCA - MUSEU DAS TRILOBITES - ALDEIA DE PARADINHA - VALE DE CAMBRA - LISBOA
Check-out do alojamento em Arouca e último pequeno almoço na cidade. Altura ideal para fazer compras de produtos regionais que se queriam trazer.
Saída em direcção ao Museu das Trilobites. Visita do Museu.
Tempo ainda para paragem na Aldeia de Paradinha, uma aldeia recuperada pelo turismo mantendo as características das casas e arruamentos de tempos passados.
Almoço já no regresso no restaurante O Telheiro em Vale de Cambra.
O cadeiral do coro das Monjas não servia só para as celebrações. Todos os dias as Monjas tínham que vir a esta sala sete vezes para as orações diárias. Passavam aqui muitas horas e de pé, porque as orações erram feitas de pé.
Para aliviar um pouco o sacrifício, surgem estas cadeiras de assento basculante que o Senhor explicou tão bem no vídeo e que têm um nome tão adequado: misericórdias!