São muitas as aldeias de xisto da Serra da Freita.
Tínhamos escolhido umas quantas para ver mas esta até nem era das prioritárias. Mas passámos à placa algumas vezes, neste dia tínhamos tempo, fomos.
Para não variar muito, há a estrada principal, a placa e a inevitável estradinha estreita e sinuosa e, lá ao fundo, um largo para estacionar. Não há espaço nem permissão para entrarem carros na aldeia.
Quando se sai do carro deixa-se a modernidade para trás e entra-se no mundo do "como era dantes".
Está lá tudo, as casas em pedra, os telhados de ardósia, as ruas de laje, o silêncio, o som do rio Paiva...
Habitantes, já não há. Agora as casas recuperadas a preceito só recebem turistas.
Percorremos a rua do cimo ao fundo, espreitámos para dentro das casas e dos quintais e não vimos ninguém. As chaminés não deitavam fumo, as portas não se abriram, das janelas nem vinha cheiro de comida nem som de telefonia e a única conversa que se ouvia era a nossa. Faltaram as crianças a correr, as senhoras à porta para a gente dar os bons dias, não tivermos que encostar à parede para deixar passar uma carroça e nem foi preciso prestar atenção ao chão, estava imaculado.
Fizémos trabalhar o poder da imaginação o melhor que pudemos.
A paisagem é linda, a aldeia é uma típica aldeia de xisto e ninguém se cruzou connosco na tal estrada estreita e sinuosa. Feitas as contas, o balanço foi positivo.
Estamos a visitar; AROUCA
Estamos a visitar; AROUCA
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